Medo....

Não sei bem o que vou escrever aqui, tenho muitos pensamentos, constantemente se diferenciam gradativamente, um leva ao outro, como pesas de dominó posto verticalmente. Tenho saudade de muitas coisas, coisas do meu passado ( obviamente ), coisas que vagam pela minha cabeça como lembranças, tenho saudade...tenho saudade...tenho saudade de nada, nada que posa me orgulhar, nada que eu queira repetir desesperadamente, minha vida tem sido um caos, não que as pessoas tenham feito de tudo para me ferrar, mas eu , eu mesmo tenho tornado minha vida um caos, com pensamentos e ações de que nada consigo tirar o bem, nada para min, pelo menos.Não sei, deve ser esse me jeito empolgado de viver a vida, ou pode ser o meu medo de perder tudo e ser rejeitado, talvez, acho que nunca vou saber.Não consigo encontrar mais ânimo, um desespero me domina com seu amigo desanimo para fazer algo novo, algo empolgante.Acho que isso tudo é uma fase, mais uma fase das milhares que ainda terei que passar para me tornar o que já ousavam me dizer muitas vezes, um “homem” essa é a expressão usada para diferenciar uma pessoa “responsável” da “irresponsável”, de uma mais “madura” a outra.Acho isso tudo uma grande besteira, me revolta para ser sincero, não quero ser chamado de homem, não por pessoas que se dizem ser maduras e responsáveis, mais por dentro são medrosas, choronas e despreocupadas, não gosto desta classificação imposta pela sociedade. Acho que esse de ser meu problema, tentar ir contra tudo e todas, ser o “diferente” o “super-herói” tentado mudar idéias existentes a séculos, não gosto de ser tratado como uma criança, como um mero menino de 16 anos, mais que tem que crescer e amadurecer, não que não deva, todos nos devemos, mais eu estou pronto, não quero ser tratado como um adolescente só por ter problemas, só por ser um pouco realista e (muito) inseguro, todos temos problemas, e formas diferentes de resolvemos e tratados, todos nos somos homens, e todos nós sabemos disso, só não queremos assumir.

João Lima
“Levo o mundo em minhas costas, por medo de um dia acordar e não ter mais ninguém”.